Kingdom (킹덤) é uma série coreana de zombies com Ju Ji-hoon (주지훈), Ryu Seung-ryong (류승룡) e Bae Doo-na (배두나) nos principais papéis.

Não sou o maior fã de séries de zombies. Embora goste de algumas, não é um género que faça questão de ver. Kingdom chamou-me à atenção por ser diferente do habitual neste género, ao situar a acção na Coreia imperial em vez de num futuro apocalíptico.

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Kingdom
Kingdom (2019-)

Baseado no webcomic Kingdom of the Gods, Kingdom centra-se na história do príncipe Lee Chang (Ju Ji-hoon). Lee Chang é um príncipe bastardo que começa a desconfiar que se passa algo mais do que lhe dizem relativamente ao seu pai, o rei, que se encontra isolado devido a uma estranha doença (que altura para ver esta série…). Preocupado, Lee Chang parte para Jiyulheon, uma cidade longe da capital, para encontrar o médico que analisou o seu pai, deparando-se com uma praga pouco após chegar a esta cidade.

Confrontado com o crescente número de pessoas a ser infectadas por esta doença, o príncipe da Coroa decide lutar contra esta praga, enquanto luta simultaneamente contra as acusações de traição das quais é alvo (devido a um plano delineado pelo clã Haewon Cho, seus rivais nas pretensões ao trono).

Kingdom tem vários pontos fortes, mas provavelmente o que mais me atraiu são as formidáveis cenas de acção da série. Uma coisa é matar zombies com uma caçadeira, mas quando se usa arco e flecha e espadas para decapitar os infectados, este tipo de sequências atinge um novo nível de espectacularidade. A série conta com valores de produção elevados, com um número enorme de figurantes e bastantes efeitos práticos, sendo a maior parte das cenas de batalha desta visualmente impressionantes, com um nível de detalhe que rivaliza com qualquer uma das melhores séries americanas do momento.

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Kingdom
Kingdom (2019-)

O enredo da história divide-se em duas partes: a luta contra a praga e a disputa pelo trono imperial. A luta contra a doença está cheia de pequenas surpresas ao longo dos episódios e à medida que se vai descobrindo mais sobre esta. A investigação das origens da praga e respectivos flashbacks (muito bem executados na série) são parte fulcral para ficarmos melhor contextualizados também em relação aos muitos personagens da série.

Já na parte da história dedicada à disputa do trono imperial, a série faz um excelente trabalho na construção do clã Haewon Cho como principais antagonistas. Impiedosos e sanguinários, destacam-se entre eles a rainha Cho (Kim Hye-jun) e o seu pai e líder do clã, Cho Hak-ju (Ryu Seung-ryong).

A série tem elevados níveis de violência e conta com algumas cenas um pouco chocantes, algo que me surpreendeu bastante. Estas cenas chocantes não são só a nível da luta contra os zombies, mas também na disputa imperial, onde algumas das decisões tomadas ao longo da história são bastante cruéis.

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Kingdom
Kingdom (2019-)

O elenco principal, onde além do Principe Lee Chang e do clã Haewon Cho também se incluem as várias personagens que ajudam o príncipe, é excelente. Personagens como o guarda costas Mu-yeong,  a médica Seo-bi e o antigo soldado Yeong-shin merecem todas destaque, pois acabam por ter um papel crucial no desenvolvimento da história.

Se há alguma coisa que tenho a apontar de negativo a esta série é provavelmente o facto de darem a entender que a história vai ter continuação. Esta poderia ter perfeitamente acabado no fim da segunda temporada, mas o seu final dá a entender que provavelmente iremos ter uma continuação da história (que ainda não foi confirmada oficialmente).

Kingdom foi uma excelente surpresa e na minha opinião é uma das melhores séries que o catálogo da Netflix tem para oferecer. Conta com um pouco de tudo: ação, mistério, terror, suspense, etc. É uma série que se vê rapidamente e não entra por histórias secundárias sem interesse. Muito recomendável.

Trailer da série.