Falcon Rising é um filme de 2014 realizado por Ernie Barbarash com Michael Jai White no principal papel.
John Chapman (Michael Jai White) é um veterano americano que sofre de stress pós-traumático. Evitando tomar qualquer tipo de medicação, John passa os dias em Nova Iorque a tentar beber a maior quantidade de álcool possível, reservando também algum tempo todas as semanas para um jogo solitário de roleta russa.
Atormentando por constantes flashbacks dos tempos em que combateu na guerra, John Chapman é mentalmente instável e anseia pela sua própria morte. As suas tendências suicidas revelam-se até nas tarefas mais banais do dia-a-dia como uma simples ida à mercearia local.
Tendo como única relação afetiva a sua a irmã (Cindy Chapman), que trabalha como assistente social nas favelas do Rio de Janeiro, o mundo de Chapman desaba quando Cindy é alvo de um ataque brutal por parte de desconhecidos. Este acontecimento faz com que John Chapman perca a pouca sanidade que lhe resta e parta para o Rio de Janeiro com o objetivo de descobrir quem atacou a sua irmã.
No Brasil, Chapman vai reencontrar o seu antigo colega do exército e agora diplomata Manny Ridley (Neal McDonough), que o irá ajudar a encontrar os responsáveis pelo ataque à sua irmã. Partindo então para as favelas, John Chapman vai não só envolver-se numa rixa entre a polícia e os traficantes locais, como também descobrir as origens de uma rede de prostituição infantil que a sua irmã andava a investigar (e razão pela qual foi atacada).
Falcon Rising é um filme de ação que tenta misturar o maior número de clichés possível deste tipo de filme. Temos então um ex-marine que se desloca até às favelas do Rio de Janeiro para lutar contra uma rede mafiosa liderada pelos Yakuza, o que leva o nosso anti-herói tresloucado a batalhas contra mestres de capoeira e samurais do século XXI.
Outra das coisas interessantes no filme é que os personagens supostamente Brasileiros vão mudando a língua que falam ao sabor do vento, estando num momento a falar em português (ou pelo menos a tentar), passando no momento seguinte para o inglês e até dando uns toques de espanhol quando menos se espera.
Um dos pecados de Falcon Rising é a sua extensa duração, algumas das cenas são demasiado longas e desnecessárias e pedia-se mais uma ou duas cenas de ação neste filme. Estas são o ponto mais forte, especialmente as que envolvem Lateef Crowder e os seus movimentos de capoeira (que o fazem merecer o seu próprio spin-off dentro deste franchising).
Mesmo tendo os seus pontos fracos, Falcon Rising é sem dúvida um filme que entretem e nunca se leva demasiado a sério. É sempre um prazer ver o Michael Jai White a dar porrada em tudo que aparece à frente.
